A Comissão Mista sobre Migrações Internacionais e Refugiados discutiu a falta de oportunidades de trabalho para migrantes no Brasil durante uma audiência pública com membros do governo e de entidades relacionadas a imigrantes e mercado de trabalho. O diretor do Escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para o Brasil, Vinícius Pinheiro, destacou que os imigrantes têm uma tendência empreendedora, e a política de trabalho e emprego deve estar alinhada com a recepção de imigrantes e seu conhecimento, beneficiando tanto os imigrantes quanto as empresas.
Imigrantes representam cerca de 5% da força de trabalho global. No Brasil, entre 2011 e 2021, o número de imigrantes no mercado de trabalho formal aumentou de 62 mil para 188 mil, somando-se a mais de 1 milhão de imigrantes no país.
Apesar da implementação do Estatuto do Imigrante em 2017, os trabalhadores migrantes e refugiados continuam enfrentando exploração devido à necessidade de sustentar suas famílias, falta de apoio, barreiras linguísticas e desconhecimento de seus direitos.04
Um estudo do Banco Mundial, em 2021, revelou que pessoas refugiadas têm apenas 30% das chances de conseguir um emprego formal em comparação com brasileiros. Um grupo de trabalho foi criado pelo Ministério da Justiça para regulamentar o Estatuto do Imigrante, e o Comitê Nacional para os Refugiados continua a trabalhar em parceria com o Observatório das Migrações para melhorar a inclusão dos imigrantes no mercado de trabalho.
Em 2022, o mercado de trabalho no Brasil abriu 35 mil vagas para imigrantes, com a maioria sendo venezuelanos (147 mil) e haitianos (62 mil).
Foram concedidas 25 mil autorizações de residência com base em trabalho no mesmo ano, principalmente para filipinos, chineses, americanos e britânicos, a maioria com ensino médio ou superior.
O Brasil é um dos poucos países a produzir dados mensais sobre imigração, demonstrando a institucionalização das políticas e a importância atribuída ao tema pelo governo. Segundo o senador Paulo Paim, há aproximadamente 1,5 milhão de imigrantes no Brasil, dos quais cerca de 650 mil são refugiados ou solicitantes de refúgio, sendo que Roraima abriga mais de 130 mil imigrantes e refugiados venezuelanos.
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