O Chanceler Mauro Vieira anunciou que o governo do México decidiu isentar novamente os viajantes brasileiros da necessidade de visto.
Durante uma audiência pública na Câmara dos Deputados, ele informou que essa decisão foi discutida em conversas pessoais com os chanceleres do México e do Japão, seguindo o princípio de reciprocidade.
Essa medida tornará o México o segundo país, depois do Japão, a dispensar os turistas brasileiros do visto.
Quem se beneficia?
Essa notícia traz alívio para os viajantes brasileiros, que enfrentavam a exigência de visto desde agosto de 2022, quando o México implementou essa medida unilateralmente. Muitos brasileiros utilizam o México como ponto de conexão para destinos na América do Norte, América Central e Europa, e a cobrança do visto gerava problemas e dificuldades.
O porquê da exigência?
A cobrança de vistos pelo México foi justificada como uma medida para controlar o fluxo migratório em direção aos Estados Unidos. No entanto, a medida foi contestada por parlamentares mexicanos. Eles argumentavam que a cobrança do visto físico afetava negativamente o turismo na região do Caribe, resultando em uma redução de aproximadamente 60% no fluxo de brasileiros.
O Japão também isentará a exigência?
Além do México, o Brasil também alcançou um acordo com o Japão para a dispensa de vistos de curta duração para turistas brasileiros.
Esse acordo foi oficializado durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Hiroshima, durante a cúpula do G-7, após um encontro bilateral com o primeiro-ministro Fumio Kishida.
Política de vistos baseada na reciprocidade
Durante a audiência na Câmara dos Deputados, o Chanceler Mauro Vieira foi questionado sobre a decisão do governo Lula de revogar a isenção de vistos para turistas dos Estados Unidos, Canadá, Japão e Austrália. O ministro defendeu a política de vistos baseada na reciprocidade, afirmando que não houve avanços significativos em relação a outros países. Ele ressaltou que os vistos cobrados pelo Brasil possuem processos mais simples, baratos e rápidos em comparação com outros países, e que lutar pela reciprocidade é importante para garantir a dignidade dos brasileiros que viajam.
Fonte: Estadão
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