Diante da globalização do mercado, as empresas bem-sucedidas tendem a se expandir e tornarem multinacionais. Para que isso ocorra, seus gestores precisaram aprender como funciona a expatriação no Brasil.
Trata-se de um procedimento que apresenta inúmeras dificuldades e riscos para todos os envolvidos: a pessoa expatriada, sua família e a empresa responsável.
As decisões tomadas durante esse processo são ações-chave para o futuro profissional do funcionário. Toda sua produtividade correlaciona-se diretamente com o sucesso da expatriação. Consequentemente, isso também afeta a competitividade da empresa no mercado internacional.
Com o intuito de informá-lo sobre as questões relativas à expatriação no Brasil, listamos, neste post, de forma simples e informativa, todas as etapas do processo e quais as dificuldades encontradas em cada uma delas. Acompanhe!
O que é expatriação?
Consiste na mudança de residência para um país diferente do migrante, decorrente de uma decisão estratégica de uma empresa multinacional; porém, a transferência é apenas temporária e a trabalho.
Obviamente, aspectos como localidade, educação e cultura onde o trabalhador será inserido serão diferentes dos que ele está acostumado.
O processo de expatriação não é apenas documental. Além das complicações como fiscalização, passagens aéreas, vistos etc, a adaptação e a aprendizagem dos costumes pelo funcionário também fazem parte do procedimento.
Como é o processo de expatriação no Brasil?
Primeiramente, o candidato fará uma viagem para o país em que será transferido, onde poderá analisar o local durante três dias. Após, será necessário obter um visto de trabalho, conseguir autorização pelas embaixadas e consulados e resolver demais burocracias nos exatos termos da lei. Para essas etapas, o ideal é consultar uma consultoria de migração, que poderá oferecer a assessoria adequada e o auxílio em todos os trâmites necessários.
Mas é na mudança da vida pessoal do empregado expatriado que se encontram as questões mais difíceis de se resolverem.
Quais são as dificuldades do processo de expatriação?
Tanto a empresa quanto o migrante se deparam com esses obstáculos. Confira quais são na lista a seguir!
Pré-visita
Nessa etapa, o expatriado visitará escolas, residências e aprenderá sobre os costumes e o custo de vida local. Caso ele aceite a transferência, serão iniciados os procedimentos para se adequar às exigências legais e adquirir o visto.
A dificuldade aqui pode se dar tanto pela ausência da pré-visita quanto pela falta de informações dadas pela empresa.
O local escolhido para moradia pelo visitante deve atingir requisitos que são importantes não só para o funcionário, mas também para a corporação. Em especial, o tempo de viagem da casa para o local de trabalho. É essencial que a companhia, por sua vez, providencie informações para que o candidato tome as decisões corretas.
Visto
O visto de trabalho normalmente tem um prazo de dois anos; após esse período, poderá ser renovado caso o funcionário continue trabalhando.
O prazo concedido também pode variar de acordo com o país de destino, com o cargo exercido e com o tipo de visto — podendo ser até mesmo indefinido, ou seja, permanente.
As complicações para conseguir o documento dependem do país. Cada um desses locais exige formulários e requisitos diferentes, e tudo deve estar nos conformes das leis daquela nação, para que a embaixada ou consulado aprove sua concessão. Mais uma vez é importante ressaltar a importância da empresa se resguardar por trás de uma consultoria especializada em migração.
Estudo da língua
O indivíduo transferido deve se esforçar ao máximo para aprender a língua oficial do país em que residirá. Caso não saiba, ele deve ao menos dominar o inglês, que é o idioma mais falado globalmente.
Mas não basta que a pessoa tenha apenas conhecimento médio ou bom da língua estrangeira, pois, assim como no Brasil, também existem gírias e sotaques que podem dificultar sua conversação diária.
Claro que no local de trabalho todos evitam ao máximo a utilização de termos informais, porém é necessário que se aprenda a utilizá-los para conviver fora do ambiente da empresa.
Outra dificuldade encontrada está na escrita, caso a língua tenha alfabeto próprio, como o mandarim (chinês), japonês ou árabe, por exemplo. É importante lembrar que toda a família do migrante também deverá desenvolver esse conhecimento.
O segredo aqui é saber o básico para as atividades diárias, como pedir informação, comprar produtos básicos etc. Com o tempo e auxílio da comunidade estrangeira, todos se acostumarão com a língua até se tornarem fluentes.
Fiscalização
A legislação brasileira impõe um regime de fiscalização obrigatória do recolhimento do FGTS e das contribuições sociais do migrante.
Essa prática consiste no controle da folha de ponto e de pagamento realizado unicamente pela empresa brasileira, para que se evite qualquer tipo de problema legal quanto ao recolhimento das contribuições obrigatórias.
Mudança
Com a parte legal regularizada, basta realizar a mudança física, levando os bens do expatriado para sua nova residência no país de destino.
Antes disso, será necessário o cancelamento das contas de consumo, como internet, água, luz, assinaturas etc., cancelamento das contas bancárias e de qualquer outro compromisso assumido no país de origem.
Fique atento: no ato da mudança, o migrante deve ter sempre em mãos o visto. Caso seja barrado pela Polícia Federal, basta apresentá-lo para que seja permitido levar seus móveis ao exterior.
Adaptação
Esse é um fator que não pode ser ignorado, tanto pelo funcionário quanto pela empresa. A adaptação aqui não diz respeito somente ao empregado da companhia, mas também sua família. Eventuais problemas familiares afetarão no desempenho profissional, impedindo-o de se incorporar definitivamente ao negócio.
Faz-se necessária a adoção de curso de idiomas para o funcionário e sua família e, se possível, um curso de adaptação cultural. Além disso, o custo de vida do novo local deve ser levado em consideração, pois, apesar do crescimento de salário que é concedido, é preciso ficar atento ao valor de seus gastos diários.
Tudo isso evitará dores de cabeça para o trabalhador. Se ele e sua família estiverem felizes, haverá aumento na produtividade e, consequentemente, maiores chances de um negócio bem-sucedido.
A integração deve ser enfrentada pelo profissional sem maiores traumas. Para isso, também é necessária uma gestão de qualidade pela empresa. Uma alternativa é a adoção de serviços de relocation, especializados em organizar a vida dos trabalhadores de fora recém-chegados ao país.
A expatriação no Brasil, para que seja bem-sucedida, necessita de uma transição natural e benéfica ao expatriado. Esse é um dos maiores desafios atuais para as empresas multinacionais, porém é essencial para que ela se mantenha competitiva e faça frente aos seus concorrentes.
Esse tema é tão rico que é recomendável compartilhar essas informações com seus colegas nas redes sociais para uma troca de ideias frutífera e proveitosa.
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